Descubra como os smartphones dominaram o registro de imagens e o que ainda mantém as câmeras profissionais relevantes
Tirar uma foto nunca foi tão acessível. Com um clique rápido para as redes sociais ou fotos mais elaboradas tiradas por profissionais do ramo, os smartphones se tornaram uma das principais ferramentas para capturar momentos importantes. Com esse avanço, uma questão entra em discussão: ainda há espaço para aqueles que utilizam câmeras convencionais?
Um levantamento recente sobre a fotografia móvel, divulgado pela empresa polonesa PhotoAid, mostra que, nos Estados Unidos, os smartphones já são responsáveis por capturar 92,5% de todas as fotos. Outro ponto de destaque é a média de armazenamento das imagens: um usuário comum possui mais de 2.700 fotos no rolo do celular.
A queda no uso das câmeras profissionais vem acontecendo já há alguns anos. Dados da empresa Statista revelam que o número de vendas começou a ter uma queda considerável ainda em 2013. Os dados gerais apontam que, de 2010 a 2019, a redução na comercialização das câmeras digitais foi de 87%.
Principais motivos da mudança
O aumento no uso dos smartphones como principal meio para as fotos acontece por diversos fatores. Para usuários do dia a dia, a praticidade em ter o celular na mão é um dos principais; além disso, aproveitar a câmera do celular é uma forma de acessibilidade a fotografia e economia.
Já no meio profissional, outros aspectos também ganham relevância. Com o avanço da tecnologia, muitos fotógrafos optam por explorar as diversas funcionalidades dos smartphones, tornando o trabalho mais prático, sem abrir mão da qualidade técnica.
Entre os recursos apreciados, estão:
- edição rápida no próprio smartphone;
- uso de Inteligência Artificial;
- possibilidade de incluir novos acessórios portáteis;
- facilidade de compartilhamento em redes sociais e envio para o cliente;
- fácil aprendizado dos recursos.
Qualidade x praticidade
Embora o uso dos celulares traga muitas vantagens e praticidade, devido a boa qualidade atual das câmeras e dos múltiplos recursos oferecidos, no meio profissional há um debate sobre a troca efetiva dos equipamentos profissionais pelos portáteis.
O principal argumento é em relação às limitações dos celulares, já que as câmeras profissionais possibilitam a troca por lentes mais robustas e oferecem mecanismos mais completos para o controle manual – recursos mais escassos nos smartphones.
Além disso, a discussão se expande para o conhecimento sobre o equipamento utilizado pelo profissional e o olhar técnico e sensível, já que muitos fotógrafos conseguem resultados excelentes mesmo com equipamentos considerados inferiores aos profissionais.
A verdade é que não há um consenso na área, já que a qualidade do resultado final costuma ser semelhante entre os aparelhos. Por isso, tanto profissionais quanto usuários comuns devem optar pelo recurso com o qual se sentem mais confortáveis, garantindo confiança para experimentar e aprimorar suas habilidades.
Impacto no mercado
Além do impacto causado na redução da procura e da venda das câmeras digitais, a fotografia mobile também impulsionou novas profissões e movimentou o mercado de smartphones.
Esta transformação passa, inclusive, pelo mercado de usados: hoje, até um celular Samsung usado, por exemplo, pode oferecer múltiplas lentes, sensores de qualidade e recursos avançados de edição diretamente no aparelho, facilitando para o usuário.
Já no mercado de trabalho, o avanço tecnológico, aliado ao custo reduzido e à facilidade de uso dos recursos, abriu espaço para que novos profissionais ingressassem na área, registrando eventos e produzindo conteúdo para as redes sociais diretamente da palma da mão.
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Fotografia: undrey / iStock
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