Se fosse para resumir em apenas uma palavra o que foi a Conferência Lampião, eu diria: “PERGUNTAS”. Muitas delas foram feitas, mas nenhuma com a pretensão de ter a resposta.
E quem saberia responder melhor que nós mesmos (as vezes nem nós mesmos):“Quem é você na fila do pão?”, uma das perguntas feita pelo fotógrafo Johansson Correia. Na pergunta a fila significaria o mundo, e a pergunta é para pensar sobre você mesmo. É ser você sem se comparar. Cada um de nós é único, tem sua bagagem, seu tempo – quero frisar isso, cada um tem seu tempo –, seus momentos decisivos na vida. É ser humano, imperfeito, se permitir viver, e não apenas ser mais um na fila do pão, pelo menos é dessa maneira que vejo.
Fui pra Campos dos Goytacazes, e desde que cheguei por lá, uma indagação ressoava na minha cabeça, um sonoro “Quem sou eu?”.
A Conferência tratou de falar sobre o ser. O que é ser para você? Por que é tão importante?
O fato de se conhecer, se libertar das amarras e falsas verdades impostas pela sociedade (e por nós mesmos) na infância, ter coragem de ser você, faz com que se possa viver mais feliz e a fotografia torna-se uma extensão de si e vira algo maior, de coração para coração.
Conforme mais palestrantes – cada um mais maravilhoso, entregue e disponível que o outro – subiam ao palco, mais perguntas verberavam nas nossas mentes.
Poderia dizer que veio na melhor hora, tantas pessoas refletindo sobre quem são, permitindo-se ser sem disfarçar verdades. Tudo é um processo e não é fácil. Mas aos poucos você vai se deixando mostrar, se florescendo e deixando fluir. Para muitos com toda certeza a Conferência Lampião foi o start que precisava para se encontrar, para outros, foi uma maneira de perceber que está no caminho e que ele nunca chega em algum lugar, estamos sempre caminhando.
Já no ‘culto’ que teve no domingo (23), – para mandar energia para todas as pessoas envolvidas, seja staff, palestrantes e congressistas – foi um choque, uma quebra de paradigmas, uma reflexão atrás da outra e desde lá não sou mais a mesma. E nós não somos mais os mesmos depois dessa Conferência, que é diferente de todas, que é de conexão, é aprender e refletir, muito, é sobre proximidade consigo e com o outro.
O evento não seria o mesmo sem as pessoas envolvidas, aqui estão as pessoas que veem o mundo por outro plano, que vivem fora da caixa, que querem as coisas de forma diferente para si e para o mundo, que não respeitam o status quo, que vão além do que veem, que sentem, que se envolvem, que amam o que fazem e a diferença que fazem. Que transformam, que por muitos anos foram considerados como loucos, desajustados, mas que hoje podem se reunir a cada ano em um local alucinante, com pessoas incríveis e que vivem para a conexão, que querem que o mundo se movimente da melhor maneira que eles encontraram, ignorando pensamentos padronizados e regras vestidas de verdades inquestionáveis. Somos rebeldes? Não nos encaixamos nesse mundo? Ok, se é assim, então criamos nosso mundo. E a Conferência Lampião faz parte desse maravilhoso mundo. E não há forma alguma de nos ignorar, a mudança já é realidade.
A conferência foi sobre olhar para dentro e permitir-se ser, sobre autoconhecimento, auto-desenvolvimento e propósito. Sobre mudar o mundo começando por si mesmo. Afinal “Ninguém precisa se importar” – Fernando Borges – só você. Essa frase irá ecoar para sempre em mim e nas pessoas que participaram desse momento e que vai ser guardado para sempre no coração.
Nos vemos novamente em 2018, mais precisamente nos dias 24 e 25 de julho. Até lá! 🙂
GOSTOU? Dá um like
Comentários
Escreva um comentário antes de enviar
Houve um erro ao enviar comentário, tente novamente