Museu Ferroviário de Tubarão recebe a exposição toda acessível para cegos, no mesmo dia do Trem de Natal
A exposição Multissensorial Mulheres do Além Mar II, das fotógrafas Sandra Puente e Nilva Damian, estará no Museu Ferroviário a partir de 6/12, em tubarão, Santa Catarina. Através de 16 imagens, elas retrataram as rendeiras, pescadoras, benzedeiras, maricultoras, oleiras, fuxiqueiras e curandeiras, que marcam a história e a identidade cultural do litoral catarinense. “Para o Museu Ferroviário de Tubarão receber uma exposição que trata do protagonismo feminino, sobretudo de mulheres que representam uma cultura muitas vezes invisibilizada é oportunizar ao público conhecimento, democratização e valorização de uma identidade cultural fundamental para a compreensão de nossa história”, afirma a museóloga, Silvana Silva de Souza.
A abertura da exposição acontece as 19h30, quando vai acontecer uma roda de conversas com as fotógrafas. "Levar Mulheres do Além-Mar II ao Museu Ferroviário de Tubarão é uma oportunidade de unir arte, memória e identidade. Este espaço histórico valoriza ainda mais o legado das mulheres açorianas que retratamos. Também reforçamos nosso compromisso com a acessibilidade, tornando a cultura inclusiva e pertencente a todos", diz Sandra Puente.
Através do projeto Mulheres do Além Mar as fotógrafas buscaram construir uma ponte entre passado, presente e futuro, destacando a força e a resistência das personagens retratadas. "Expor em Tubarão, especialmente no Museu Ferroviário, fortalece nossa missão de destacar o papel das mulheres açorianas na formação cultural catarinense. É um encontro entre história, arte e inclusão, já que a mostra foi pensada para ser acessível a todos os públicos", relata Nilva Damian.
A acessibilidade é um dos grandes diferenciais da exposição Mulheres do Além Mar II. As 16 fotografias vêm acompanhadas de imagens em alto-relevo (lithophane), permitindo que pessoas com deficiência visual percebam as obras por meio do tato. Além disso, cada trabalho traz placas em braile e QR Codes com audiodescrição detalhada. Todo o trabalho para tornar a exposição acessível foi realizado com a curadoria da coordenadora pedagógica da ACIC (Associação Catarinense para Integração do Cego), Marcilene Ghisi. Ainda compõe a exposição objetos táteis relacionados às tradições açorianas, como almofadas de rendas de bilros, redes de pesca, tarrafas, tecidos de tear e lanternas de ostras, proporcionando uma verdadeira experiência multissensorial.
A exposição acontece através do PRONAC 2414798, aprovado pela Secretaria Especial de Cultura do Governo Federal via Lei Federal de Incentivo à Cultura, e conta com o apoio do Floripa Airport e Ecocert Brasil. Passou pela capital, São José e agora está indo para o interior, para que mais pessoas possam ter a experiência. A mostra integra um projeto iniciado em 2022, quando a primeira edição circulou por centros culturais de Florianópolis e Caxias do Sul.
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