DA FOTOGRAFIA SIMÉTRICA À FOTOGRAFIA SINESTÉSICA

PODCASTS | 30/01/2017

Olá papudos!

Quem disse que precisamos sempre sermos as mesmas pessoas ou manter os nossos estilos?

No bate-papo de hoje, vamos conversar com um ‘Homem de Fases’, o fotógrafo Rafael Benevides, que em sua carreira tem momentos bem marcados pelo aprendizado e estilos de fotografia completamente diferentes.

O título ‘Da fotografia simétrica à fotografia sinestésico’ é o resumo de como a composição da sua fotografia passou de algo estético para algo a ser sentido.

Desligue-se de qualquer atividade e ouça o episódio de coração e mente aberta!

O que falamos durante o programa:
– Conhecendo a história de Rafael Benevides;
– Fase 1: A simetria
– A importância da simetria na composição de uma imagem forte;
– Simetria na pós-produção;
– Fase 2: A luz;
– O que é Semiótica?
– Conhecer a ferramenta para obter o resultado esperado;
– O que é o NIT (Não ilumine tudo)?
– Fase 3: A Sinestesia
– O poder do envolvimento com as pessoas;
– Inspiração: O ballet e a força das mãos;
– Workshop Sentidos

A fotografia bisturi

Conhecer mais sobre o outro é na verdade se por em frente a um espelho.
E nesse processo, ao contrário do Narciso, eu não me afogo, ao olhar de para o outro eu vejo a mim e não há vaidade ali e no final, estou mais leve, estou inundado por sentimentos lindos.
Ao olhar com atenção para o outro, pude ver coisas que estavam ali, esperando para despertar, adormecidas.
Pude enxergar de dentro pra fora e assim, e assim já posso fotografar, não com a câmera, mas com as palavras, enquanto minha câmera dorme na velha bolsa e quando eu a despertar, saberei o que fazer com ela.
A fotografia pode ser um bisturi, que abre as pessoas, às vezes, ela corta suave, sem dor.
As vezes ela machuca, mas se doer, na verdade, é porque já doía. Como ferida aberta, mas que escondemos dentro do peito e achamos que ali, esquecida, ela vai sarar….
Não se deve desperdiçar um peito aberto. Depois de descerrado, se faz necessário esvaziá-lo, afinal a mudança demanda espaço, devemos tirar de lá tudo que for peso e ainda que se lave com lágrimas, um peito aberto é o início do novo. É ver a alma nua, livre das vaidades. É olhar de frente para os medos e também é ver o que temos de mais lindo, a nossa história, nossas origens, nossos sonhos.

A mesma fotografia que corta, que abre, que nos expõe a nós mesmos, também costura, e cura.
Cicatriza lento e profundo, como as raízes de um baobá.
A minha fotografia tem missão a cumprir, ela não se contenta apenas em quebrar a monotonia de uma parede ou a ser bela apenas por fora. Ela é orgânica, está viva, ela nasce com um propósito e depois saí por aí, acordando os sonhos, acalentando as saudades, infantilizando os medos, aflorando nas pessoas o que elas têem de mais belo, o seu interior.  Se a minha fotografia passar por você, na resista, deixe-se levar, ponham um boa música, escute a fotografia, voe com ela e aí então, ela agora não será mais minha, ela será sua. Enquanto isso eu continuo aqui, esperando a próxima história, esperando o próximo mergulho, cada vez mais fundo e a cada experiência, ao ver o outro, vejo mais a mim mesmo e fico mais inteiro e sigo o meu caminho, sereno, cumprindo a missão maior da nossa vida:  Observar, crescer e deixar o mundo melhor do que achamos.

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