10 FOTOJORNALISTAS AFRICANAS QUE VOCÊ DEVERIA CONHECER

ARTIGOS | 27/04/2020

Durante bastante tempo, tenho estudado e buscado referências para o meu trabalho em áreas diferentes do comum, mas de uns tempos para cá, tenho pesquisado muito sobre trabalhos na fotografia e no cinema feito por mulheres do mundo todo. Além de conhecer cada vez mais referências estéticas de países e continentes que não estamos acostumados a ver pelo Brasil. Fotógrafas da África, Oriente Médio e Ásia, são nomes poucos falados por aqui, do outro lado do Oceano, e mostrarei alguns trabalhos para terem como referência.

Se já conhecem, MARAVILHA! Se não conhecem, te garanto que será de um grande aprendizado sempre conhecer coisas novas e histórias novas.

Então, começaremos a falar sobre fotógrafas africanas. Disse começaremos, pois esse é o primeiro texto de alguns outros que virão mostrando o trabalho de mulheres fortes que lutam por um ideal utilizando da fotografia como forma de escrever essa história.

Lembrando: Essas listas não possuem regras de estética ou preferência. Simplesmente, serão apontamentos de outros nomes da fotografia, principalmente do fotojornalismo, pelo mundo.

1 – Sima Diab (@sima_diab)

Sima é uma fotógrafa sírio-americana que vive entre a cidade do Cairo, no Egito e Beirute, no Líbano. Sima viveu e trabalhou muito nas regiões de Damasco, Beirute e Bagdá, mas em 2007 ela se estabeleceu no Cairo.

O trabalho de Sima fala muito sobre vida cotidiana, condições ambientais e sociais no mundo árabe. Dentre esses trabalhos, há assuntos relacionados a refugiados e migração. Ela tem publicações muito importantes como no The New York Times, Wall Street Journal, The Guardian, Le Monde, Buzzfeed News, LA Times, Marie Claire, entre outros jornais e revistas pelo mundo.

2 – Etinosa Yvonne (@etinosa.yvonne)

Etinosa é fotodocumentarista da cidade de Benin, na Nigéria. Para ela, a fotografia é uma ferramenta de expressão e mudanças sociais. Com isso, ela utiliza da imagem para criar consciência, educar, informar, questionar e se expressar da melhor forma que poderia para chegar até as pessoas.

Etinosa tem seus trabalhos exibidos pelo mundo inteiro e muitas publicações internacionais como The Guardian, Black and White Photography, entre outros.

3 – Heba Khamis (www.hebakhamis.com)

Heba é pesquisadora visual independente no Egito formada em Artes Plásticas com ênfase em Pintura mas mudou de carreira para ser fotojornalista.

Grande parte do trabalho de Heba é baseado em assuntos sobre os tabus relacionado ao corpo. Em 2018 e 2019, seus trabalhos foram premiados na World Press Photo, PH Museum e Ian Parry. Mas, ela cobriu duas revoluções no Egito que mostrou as consequências dessas revoluções para a região.

Depois de estudar narrativas visuais na Dinamarca, ela decidiu focar o seu trabalho em projetos de longo prazo. Com isso, ela conheceu e se interessou pela arteterapia e pesquisa formas de encaixar os protagonistas de suas histórias também no processo de criação.

Esse ano de 2020, Heba aceitou o convite de fazer parte da Agência NOOR.

4 – Hana Gamal (@hanaperlas)

Hana nasceu no Cairo e é fotógrafa e artista visual no Egito. O trabalho de Hana é baseado em assuntos como psicologia, poesia e artes, e ela utiliza dessas ferramentas com muita sensibilidade na fotografia traduzindo muito bem essa informação para as suas imagens.

Atualmente, Hana tem trabalhos feitos em parceria com The New York Times, Huck Magazine e The Huffington Post, além de várias publicações locais e internacionais.

5 – Alexia Webster (@alexiawebster)

Alexia é sul-africana nascida em Johannesburgo. Ela é uma fotógrafa viajante do continente africano com o intuito de coletar histórias para os fotodocumentários que ela cria pelo caminho.

Alexia tem publicações na National Geographica, The New York Times, The Guardian, The Washington Post, The Financial Times, Wired, Wall Street Journal, Le Monde, CNN e Marie Claire.

6 – Sara Sallam (@sarasallam)

Sara é uma multiartista egípcia que mora na região dos Países Baixos. Ela utiliza de elementos em seus trabalhos como fotografia, vídeo, texto e material de arquivo.

O assunto que ela mais evidencia em suas construções artísticas é a relação com a ausência e a perda e ela explora da narrativa lidando com o nosso imaginário, utilizando da linguagem mental como se a gente tivesse que lidar com o significado “das coisas que não podemos ver e as pessoas que não podemos conhecer” o tempo inteiro na nossa mente. Você não consegue conhecer os personagens e nem o que poderiam fazer nas imagens de Sara e isso é que mais instiga conhecer o trabalho dela.


7 – Alissa Everett (@alissaeverett)

Alissa mora em Nairobi, no Quênia. Ela é conhecida por fotografar lindamente regiões bem problemáticas do mundo. O trabalho dela é focado na humanidade e dignidade social para as pessoas.

Alissa é fotógrafa de guerra e cobre conflitos em Darfur, Gaza, Cisjordânia e Paquistão desde 2003. Mas, o trabalho dela não se resume a confusões e lugares conflitantes nos pontos de vista da economia e da política. Alissa também é fotógrafa de viagens e registra sempre lugares no Oriente Médio, África, Ásia e América do Sul.

O papel social de Alissa não se resume só na fotografia. Alissa é fundadora do “Exposing Hope”, uma organização sem fins lucrativos para aumentar a conscientização e arrecadar fundos para vítimas de violação dos Direitos Humanos utilizando da fotografia documental seu maior meio de divulgação desse trabalho.